No distrito de Sousas, Rio Atibaia transbordou na madrugada após chuva.14 municípios estão em observação e são monitorados pela Defesa Civil.
Após temporais, o número de cidades em estado de atenção na região de Campinas (SP) subiu para 19, segundo um balanço divulgado pela Defesa Civil nesta tarde de quarta-feira (18). Águas de Lindóia, Amparo, Artur Nogueira, Campinas, Espírito Santo do Pinhal, Holambra, Hortolândia, Itapira, Jaguariúna, Lindóia, Louveira, Mogi Guaçu, Morungaba, Pedreira, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Vainhos e Vinhedo registraram volume de água acumulado superior a 80 milímetros nas últimas 72 horas.
A maior quantidade, de 178,6 mm, foi registrada em Campinas. Em seguida, aparecem as cidades de Holambra, que teve 129,6 mm de chuva e Valinhos com 117,2 mm nas últimas 72 horas.
Além disso, segundo a Defesa Civil, 14 municípios estão em observação e também são monitorados.
Rio Atibaia
Durante a madrugada, em Campinas, o Rio Atibaia transbordou no distrito de Sousas. Em pouco tempo de chuva, a cheia alagou a região da Rua Maneco Rosa, perto da subprefeitura.
A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) interditou a rua durante a madrugada, e o acesso ao local foi desviado. De acordo com o subprefeito do distrito, Mauro Calvo, o nível do rio foi monitorado durante toda a terça-feira (17).
De acordo com a subprefeitura, 42 famílias vivem no beco, um dos locais mais afetados pela cheia do Rio Atibaia, responsável pelo abastecimento de água de 95% da cidade. Os agentes da Defesa Civil passaram a noite na região para o caso de emergências.
No Jardim Piracambaia, casas e estradas também ficaram debaixo d’água. No entanto, segundo a Defesa Civil, nesta tarde o nível do rio tinha baixado e não havia mais pontos de alagamento.
Monte Mor
Em Monte Mor (SP), que está em observação, ruas também ficaram debaixo d’água. O mecânico Ademar Camargo, que já teve a oficina alagada, está preocupado.
“A previsão é de que quando descer a água de Campinas suba. Aqui já chegou entrar água no estabelecimento e o esgoto volta tudo para dentro da casa”, conta.
Orientações em caso de temporais
O Corpo de Bombeiros Municipal de Sumaré (SP) divulgou nesta quarta algumas orientações para os moradores da região sobre o que fazer e o que não fazer durante temporais. Veja as dicas de segurança.
No trânsito
Em casos de alagamento ou inundação nas vias, a indicação é de que o veículo seja parado em um local mais elevado e que o nível da água em relação aos outros carros seja observado.
Caso continue a subir, a orientação é de que todos os ocupantes deixem o veículo e procurem um local seguro.
Segundo o Corpo de Bombeiros, bastam 30 centímetros de alagamento para que a água atinja o escapamento de um veículo e comprometa o seu funcionamento. Por isso, a principal regra para os motoristas é não atravessar áreas alagadas ou inundadas.
Quando em caso de emergência, a orientação é de que a travessia seja feita em baixa velocidade, mantendo o motor em primeira marcha durante o trajeto.
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Já os pedestres, de acordo com os bombeiros, devem redobrar a atenção ao atravessar as vias, já que a visibilidade dos motoristas fica reduzida na chuva, o que pode causar atropelamentos.
A orientação é para que o pedestre procure um local seguro até a chegada do socorro e evite áreas que dificultem o resgate.
Ventos
Quando os ventos estão fortes, os bombeiros orientam que as pessoas fiquem longe de árvores, fios, postes e semáforos, que podem cair durante os temporais. As crianças também devem receber um cuidado maior, sendo sempre conduzidas por um adulto, de preferência pelos pulsos para locais seguros.
Enchentes
No caso de enchentes de rios e córregos, há o risco de propagação de doenças por meio do contato com a água e, por isso, o mesmo deve ser evitado.
Quando o contato é inevitável, o morador deve tomar banho, imediatamente, após deixar a área alagada, bem como procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Raios
Em caso de tempestades com raios, a atenção deve ser voltada aos aparelhos eletrônicos e fiação elétrica. Como o risco de choques elétricos é maior, o Corpo de Bombeiros orienta que se mantenha distância de janelas, árvores, postes, alambrados, cercas, linhas telefônicas e outras estruturas metálicas em geral que podem oferecer risco de descargas elétricas.
Aparelhos elétricos e eletrônicos devem ser retirados da tomada e a população tem que evitar locais abertos e descampados.